POR AMOR AS CAUSAS PERDIDAS

domingo, 19 de julho de 2009

Casal


Andavamos nós dois abraçados
Sincronizando nossos passos desapressados
Andando na velocidade de quem não quer chegar

Levavamos a nossa vida como dois desavisados
sentados nas calçadas, ou simplismente olhando os carros
jogando conversa fora, sem se preucupar.

O valor de tudo aquilo é cada vez mais raro.
mas a vida segue a trilha que fazemos acordados
E agora estou chutando pedras pensando em quem ficou pra tráz
Se o valor de tudo aquilo é cada vez mais raro
hoje falte no trabalho e se esqueça do horário
me traga só sua vontade que me fez te adimirar

Os homens que sonhavam juntos são robôs fazendo carros
talvez somos parte disso, nós também fomos forçados
mas não há problema algum, em se procurar.

Eu Também corro contra o tempo
E sinto um gosto meio amargo
Fazendo o caminho inverso que inventamos lado a lado
mas nunca é muito tarde, quando se quer mudar.


O valor de tudo aquilo é cada vez mais raro.
mas a vida segue a trilha que fazemos acordados
agora estou chutando pedras pensando em quem ficou pra tráz
Se o valor de tudo aquilo é cada vez mais raro
hoje falte no trabalho e se esqueça do horário
me traga só sua vontade que me fez te adimirar.

sábado, 4 de julho de 2009

Sentado no tempo


Me proteger de tudo foi o que estragou. Essa mania de me preparar, pra isso, pra aquilo, pro amanhã. Foi tudo em vão, ou pelo menos quase tudo. A melhor forma de se preparar pro amanhã seria ter vivido cada minuto. A 200 por hora, ou até mais, uns 210. E numa intensidade de 220. Deveria ter ido para festas mesmo me achando feio, passado por cima do medo para falar com aquela pessoa, deveria ter realizado desejos proibidos, enfim atropelado o nunca, o depois e o medo da dor.
A boa noticia é que durmo, mas também acordo, e acordei.
Finalmente minha cosciência se materializou. Está nos rastros de minhas pegadas, nas manchas da minha pele e nas cicatrizes de todo o corpo.
Minha revanche é acelerar a vida, na retas e nas curvas. É aumentar as coisas no último volume e levá-las às últimas consequências. Aumentar até o volume do silêncio, pra eu poder ouvir.
Sei que vai dar certo, afinal eu sempre sobrevivo